Na madrugada desta sexta-feira, 13 de junho de 2025, o Oriente Médio acordou sob o impacto de uma nova e perigosa escalada. Israel lançou a Operação "Rising Lion", mobilizando cerca de 200 aeronaves que descarregaram aproximadamente 330 bombas contra uma centena de alvos estratégicos no Irã. As instalações nucleares de Natanz, Khondab e Khorramabad, centros militares e residências de altos oficiais da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) foram atingidos.
A operação israelense contou com uma ação coordenada da Mossad, que utilizou drones e sabotagens pré-posicionadas para desativar os sistemas de defesa iranianos, garantindo a eficácia do ataque. O Irã, por sua vez, confirmou a perda de figuras-chave, incluindo o comandante da Força Aeroespacial do IRGC e o chefe de estado-maior militar. Em retaliação, Teerã lançou mais de 100 drones, que foram interceptados com sucesso por Israel, Jordânia e outros aliados, minimizando maiores danos.
Repercussões Geopolíticas e Riscos de Escalada
O ataque israelense gerou uma onda de condenação internacional, com países como Qatar, Arábia Saudita, Jordânia e Turquia criticando a ação como uma violação do direito internacional. A União Europeia, OTAN e Estados Unidos emitiram apelos por contenção, buscando evitar uma escalada ainda maior do conflito.
A diplomacia nuclear, que já enfrentava desafios, agora se encontra em risco. Os ataques ocorreram em meio a negociações cruciais entre os EUA e o Irã em Omã. Teerã já suspendeu as conversas, e o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, ameaçou uma "punição severa" contra Israel.
A tensão também se estendeu para a relação entre Teerã e Washington, com oficiais iranianos acusando os Estados Unidos de conluio com Israel na operação, aumentando o risco de um confronto mais amplo.
Impactos Econômicos Globais – A notícia da ofensiva israelense reverberou imediatamente nos mercados globais. O preço do petróleo bruto Brent disparou até 13%, atingindo US$ 77 o barril, o maior salto diário desde 2022. Esse aumento foi impulsionado pelo receio de um possível bloqueio no Estreito de Ormuz – rota que responde por 19% do petróleo mundial – e pela preocupação com uma escalada militar que possa envolver os Estados Unidos. A alta do petróleo pressiona o preço dos combustíveis globalmente e eleva o valor do ouro como ativo refúgio, buscando segurança em tempos de incerteza.
Enquanto isso, países produtores de petróleo que são vistos como abastecedores estáveis, como a Austrália, registraram benefícios. Empresas como Woodside, Karoon e Santos viram suas ações subirem entre 3,7% e 10,9%, aproveitando a instabilidade no Oriente Médio.
Cenário Político Interno e Previsões – Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu contou com o apoio declarado de Donald Trump e prometeu a continuidade das operações "enquanto necessário". O Estado-Maior israelense mobilizou dezenas de milhares de soldados nas fronteiras, em um claro sinal de prontidão para o que possa vir a seguir.
No Irã, o governo decretou estado de emergência, implementou um bloqueio informativo total e fechou seu espaço aéreo, em um esforço para controlar a narrativa e a segurança interna. O líder jihadiano Khamenei, por sua vez, prometeu um destino "amargo e doloroso" a Israel.
Apesar de os ataques terem sido tecnicamente precisos – com drones interceptados sem atingir centros civis –, o cenário permanece imprevisível. O receio de uma retaliação mais agressiva por ambos os lados é real, especialmente se Washington for atingido. O cancelamento das conversas em Omã é um sinal preocupante, e a cooperação internacional será decisiva para evitar a expansão de um conflito que já abala a estabilidade regional e global.
*Fontes: www.theguardian.com – www.theaustralian.com.au – apnews.com – Texto e imagem produzidos com auxílio de IA