O Brasil se prepara para enfrentar um desafio fiscal significativo em 2025, com os benefícios previdenciários atingindo a marca de R$ 1 trilhão neste ano. Esse aumento substancial nos gastos obrigatórios, impulsionado pelo crescente número de beneficiários, sinaliza a urgência de cortes em outras áreas, como: nos subsídios fiscais aos grandes empresário, em emendas parlamentares que não sem destinam à saúde e nos supersalários do funcionalismo público de todas instâncias.
De acordo com levantamento recente, a Previdência Social se consolida como a maior despesa da União, excluindo o pagamento de juros e amortização da dívida. Para 2025, a previsão é que os benefícios previdenciários somem R$ 998,1 bilhões dentro do teto de gastos do novo arcabouço fiscal, o que representa quase metade (49,4%) de todas as despesas obrigatórias do governo. Ao incluir gastos fora do teto, o valor total sobe para R$ 1,007 trilhão, um aumento de 9,1% em relação a 2024.
Engessamento Orçamentário e a Busca por Equilíbrio – O orçamento brasileiro é notoriamente engessado, com a maior parte das despesas sendo obrigatórias. Analistas apontam que, de cada R$ 10 gastos, R$ 9 são destinados a pagamentos que o governo não tem maleabilidade para cortar. Dos R$ 2,249 trilhões previstos para gastos sujeitos ao limite do marco fiscal em 2025, mais de R$ 2 trilhões são despesas obrigatórias.
Diante desse cenário, a busca por cortes de gastos se torna imperativa. As áreas apontadas para contenção são:
- Subsídios via incentivos fiscais a empresários (Bolsa Empresário): somam quase R$ 600 bilhões.
- Emendas parlamentares: totalizam mais de R$ 50 bilhões.
- Supersalários: uma economia potencial de R$ 20 bilhões.
- Calote dos estado federativos em dívidas com a União: em torno de R$ 100 bilhões ao ano
Apesar da necessidade, a redução dessas despesas enfrenta resistência considerável, os maiores entraves estão nos lobbies no Congresso, que dificultam mexer nos privilégios das elites do funcionalismo público e nos aportes bilionários para o agronegócio, muitas vezes criticados por não beneficiarem a economia popular.
O governo e o legislativo terão o desafio de encontrar um equilíbrio entre a responsabilidade fiscal e a proteção social, em um cenário onde as reformas previdenciárias em nível municipal ainda engatinham.
*Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br – www1.folha.uol.com.brl – agenciagov