O movimento ocorre às vésperas das eleições na província de Buenos Aires, no próximo domingo (7), e em meio ao agravamento da instabilidade econômica e alta da inflação.
O presidente Javier Milei informou que o Tesouro da Argentina anunciou, nesta terça-feira (2), que passará a atuar diretamente no mercado livre de câmbio, em uma tentativa de frear a rápida desvalorização do peso registrada nos últimos dias.
O movimento ocorre às vésperas das eleições na província de Buenos Aires, no próximo domingo (7), e em meio ao agravamento da instabilidade da instabilidade econômica e alta da inflação.
A decisão marca uma escalada na estratégia do governo argentino, que já vinha testando diferentes instrumentos para conter a volatilidade cambial. No mês passado, o Banco Central da República Argentina (BCRA) endureceu os compulsórios bancários e realizou leilões extraordinários de títulos, na tentativa de enxugar a liquidez e reduzir a pressão sobre o peso.
Apesar disso, a moeda seguiu em queda frente ao dólar, refletindo tanto o ambiente de incerteza política quanto a fragilidade estrutural das contas públicas. A combinação entre desvalorização do peso, risco de perda de governabilidade e proximidade do pleito em Buenos Aires cria um cenário explosivo.
Com inflação ainda em patamares elevados e reservas internacionais limitadas, a Argentina enfrenta dificuldades adicionais para sustentar intervenções prolongadas no mercado de câmbio.
A aposta do governo é que a entrada direta do Tesouro traga fôlego no curto prazo, reduzindo a volatilidade e acalmando investidores até que o processo eleitoral se desenrole.
Porém essas medidas podem ter efeito limitado. A persistente desvalorização cambial já pressiona preços internos, amplia a incerteza sobre a política monetária e aumenta a tensão social.
Fonte: Estadão e Infomoney