Pedro Sánchez anuncia pacote com nove medidas, incluindo embargo de armas, bloqueio de portos e proibição de sobrevoo de aeronaves militares;
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou ontem, segunda-feira (8), um pacote de nove medidas contra Israel, em resposta à ofensiva militar em Gaza. Entre as ações estão o endurecimento do embargo de armas, a proibição de navios carregando combustível e munições para o exército israelense de atracar em portos espanhóis e o bloqueio do espaço aéreo a aeronaves militares com destino a Israel.
Em discurso televisionado, Sánchez acusou Israel de praticar um “extermínio de um povo indefeso” e afirmou que a comunidade internacional falha ao impedir a tragédia.
As medidas incluem ainda a proibição de entrada em território espanhol de pessoas envolvidas em crimes de guerra em Gaza, a suspensão de serviços consulares para cidadãos espanhóis residentes em assentamentos ilegais na Cisjordânia e o bloqueio à importação de produtos dessas áreas. O premiê também anunciou novos fundos humanitários e projetos de apoio à Autoridade Palestina.
Israel reagiu com dureza. O ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, acusou Sánchez de antissemitismo. Em retaliação, Tel Aviv proibiu a entrada das ministras espanholas Yolanda Díaz (Trabalho) e Sira Rego (Juventude), ambas críticas da ofensiva israelense e integrantes da coalizão governista.
Madri rejeitou as acusações de antissemitismo e retirou seu embaixador em Tel Aviv. A escalada reforça a posição da Espanha como o país europeu mais contundente na condenação da ofensiva israelense, que já deixou mais de 64 mil palestinos mortos desde outubro de 2023, em resposta ao ataque do Hamas que matou 1,2 mil israelenses.
Fonte: Band Jornalismo