“O lema não passa de um slogan para ludibriar incautos. Aqueles que o utilizam caracterizam-se pela ausência de ética e moral, escondendo uma teia de crimes.”
Em julho deste ano, o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi condenado por declarações e ações inapropriadas a adolescentes venezuelanas entre 2021 e 2022, reforçando uma imagem pública já marcada por polêmicas envolvendo conduta sexual e moralidade.
Mas o caso vai além, seu entorno familiar é repleto de escândalos que contradizem o discurso de “defesa da família tradicional“. O tio de sua esposa, Michelle Bolsonaro, foi preso por armazenar e divulgar pornografia infantil; sua avó, por tráfico de drogas; sua mãe está sob investigação por estelionato; e dois tios foram detidos, um por homicídio e ligação com milícia, outro por estupro de vulnerável.
Do outro lado do continente, o presidente dos EUA Donald Trump enfrenta acusações semelhantes. Seu nome surge repetidamente nos arquivos de Jeffrey Epstein, o falecido magnata acusado de tráfico sexual de menores.
Epstein, que morreu em circunstâncias ainda não esclarecidas, mantinha uma rede de exploração que incluía figuras poderosas entre elas, Ghislaine Maxwell, sua ex-companheira e cúmplice, condenada a 20 anos de prisão.
Enquanto líderes como Bolsonaros, Trumps, Malafaias e Sóstenes pregam valores como “Deus, Pátria e Família”, suas ações e as de seus círculos próximos revelam uma realidade muito diferente. A retórica conservadora, usada para angariar apoio de eleitores tradicionais, esconde uma teia de crimes, abusos sexuais, pedofilia e corrupção.
A hipocrisia não para aí, mas suas trajetórias são marcadas por acusações graves de conluio com organizações criminosas.
O que esses casos demonstram é que o moralismo da extrema-direita não passa de uma fachada. Por trás do slogan “família tradicional”, escondem-se histórias de violência, exploração e impunidade.
Enquanto isso, a sociedade precisa enfrentar uma pergunta incômoda: até quando líderes com passados e presente tão sombrios continuarão a ditar as regras da moralidade pública?
Por Marco Antônio Mourão – Este texto não representa, necessariamente, a opinião do portal Porto Ferreira Hoje.