Na madrugada de terça-feira (5) a polícia registrou mais uma tentativa de e explosão e furto a caixas eletrônicos no bairro Cervezão na cidade de Rio Claro. Segundo apurado, por volta da 1h55, policiais militares foram alertados sobre o barulho de vidros quebrando e testemunhas diziam que poderiam ser de uma agência do Banco do Brasil, instalada na rua M-9, bairro Cervezão para onde foram enviadas viaturas.
BANCO
No local, os PMs não encontraram pessoas, porém encontraram uma porta de vidro quebrada e ao se aproximar um dos policiais constatou que a suposta quadrilha, ainda não identificada, teria instalado uma suposta banana de dinamite para explodir o caixa eletrônico.
De imediato, o comando do 37º Batalhão de Polícia Militar foi alertado e determinou que o banco fosse isolado, bem como o trânsito no local foi interrompido para evitar vítimas. Ainda um dos oficiais da Polícia Militar rio-clarense comunicou o Grupo Armado de Tática Especiais (GATE) na capital paulista que teria sido movimentada para Rio Claro no início da manhã a fim de realizar a retirada do explosivo. Segundo a gerência do Banco do Brasil, o dinheiro das máquinas (caixas eletrônicos) não foi levado. Integrantes do Plantão da Polícia Civil de Rio Claro, bem como peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram na agência bancária e o caso foi registrado como tentativa de furto de caixas eletrônicos.
EXPLOSIVOS
Por volta das 7h30, uma equipe do GATE realizou os procedimentos necessários para fazer a detonação do artefato. Um dos policiais foi equipado com o uniforme usado neste tipo de ação e retirou o explosivo que estava no caixa eletrônico e posteriormente se deslocaram até o final da rua 6, próximo da estrada velha de Rio Claro a Brotas e realizaram a detonação. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) assumiu as investigações.
PCC
Já por volta das 11h50 investigadores da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) prenderam em uma casa da avenida 10, no Jardim Guanabara em Rio Claro, o ex-presidiário Danilo Henrique Mazzeo de Macedo, 31, que teria ligações com uma quadrilha que havia participado da tentativa de explosão do caixa eletrônico do Banco do Brasil no bairro Cervezão pela madrugada.
Ao averiguar Danilo, descobriram que ele teria relações estreitas com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), o qual por 13 anos esteve recolhido em várias penitenciárias do estado de São Paulo. Durante revista na casa os policiais civis apreenderam: a motocicleta Honda CBX 200 Strada, verde, placa CNJ 2761 – Rio Claro, sete eppendorfs com cocaína, uma balança de precisão e R$ 64,00 em dinheiro.
DINAMITE
Após ser detido, Danilo nada quis falar aos policiais da DISE, que na sequência seguiram para outra casa na mesma rua, onde reside o desempregado e comparsa de Danilo, identificado por Raphael Calcavara, 18, que não se encontrava na moradia e com a entrada franqueada por uma familiar do mesmo os policiais civis também passaram a revistar a casa, quando vieram a localizar: 14 relógios e vários chips de celulares, a luneta de um rifle, cuja arma não foi encontrada no imóvel, uma pistola semi-automática Taurus, calibre 380 municiada com 9 cartuchos intactos, com a numeração raspada, além de mascaras, luneta, munições e 9 bastões cilíndricos flexíveis de “dinamite” que estavam escondidos dentro do guarda roupas e segundo os policiais o material seria suficiente para explodir várias casas do bairro.
A supervisão da operação foi do delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) Alexandre Hubner Della Coletta contando com vários policiais civis da DIG E DISE.
Identificado como suposto integrante do PCC, o ex-presidiário Danilo Henrique Mazzeo de Macedo, 31, foi encaminhado ao prédio da DIG, onde foi ouvido na presença de seu advogado e posteriormente foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas (artigo 33 da lei 11.343/2006) e no final da tarde foi encaminhado à carceragem da Polícia Civil, e pela manhã desta quarta-feira (7) deverá ser encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itirapina. Já Raphael que não foi localizado em sua residência, foi indiciado pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo com numeração raspada, incolumidade pública (artigo 251 – explosão), o qual assim que foi preso também deverá ser ouvido sobre de onde teriam sido roubadas ou furtadas as bananas de “Dinamite”, que certamente deveriam ser usadas para explodir dezenas de caixas eletrônicos de Rio Claro e região.
