A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara deverá concluir nas próximas semanas as investigações sobre a morte do vigilante Ibes Ezequiel de Souza, 26, que foi assassinado a tiros após uma discussão de casal pela madrugada do dia 25 de fevereiro do ano passado. Para se desfazer de provas que poderiam incriminá-los um casal de irmãos teria colocado o corpo do vigilante no porta-malas de seu Gol e levado-o até um ponto do Jardim Biagioni, onde incendiaram o carro que foi localizado posteriormente por homens do Corpo de Bombeiros que debelaram as chamas e encontraram os restos mortais do vigilante, que segundo seus familiares estaria sendo ameaçado de morte.
IRMÃOS NEGAM O CRIME
Já a meio oficial Silvana Maria da Silva, 33, se defende dizendo que era ela quem estaria jurada de morte e que não teria assassinado o ex-namorado. A mulher foi indiciada pelo crime de homicídio doloso qualificado e responde pelo crime em liberdade. Já seu irmão, o vendedor Eron José da Silva, 26, que teve sua prisão temporária decretada por 30 dias e segue recolhido no Centro de Triagem (CT) de São Carlos nega a autoria do crime, porém falando á reportagem o delegado Fernando Teixeira Bravo diz que não tem mais dúvidas da autoria do crime. O delegado diz que teria sido Eron quem puxou o gatilho da arma que matou Ilbes e que sua irmã teria auxiliado no crime após uma violenta discussão de casal.
GPS
Bravo diz que esta investigação teve vários desdobramentos e inicialmente os policiais chegaram a imaginar que o vigilante teria sido vítima de uma emboscada e executado a mando de uma facção criminosa que já teria determinado a morte e a colocação de cadáveres de dois são-carlenses no interior de um Gol e um Crossfox, porém no decorrer dos trabalhos um dos investigadores da DIG que havia acompanhado atentamente os trabalhos de peritos do Instituto de Criminalística (IC) interessou-se pelo GPS que o vigilante mantinha instalado no veículo, o qual segundo Fernando Bravo foi a chave para descoberta do misterioso e bárbaro crime, pois assim que conseguiu retirar o GPS do veículo Bravo disse que a pedido de sua equipe solicitou que a empresa fabricante do GPS realizasse uma minuciosa pesquisa no aparelho e após meses de análises ficou comprovado que Ilbes, teria estado na casa da ex-namorada para pedir que a mesma reatasse o namoro com o mesmo. Bravo diz que a DIG conseguiu refazer o trajeto percorrido pelo vigilante na madrugada do dia 25 de fevereiro de 2014 e comprovou-se que Ilbes chegou na casa de Silvana, onde ficou cerca de uma hora e posteriormente deixou aquele local e o GPS apontou também o caminho feito pelo veículo e o ponto em que o mesmo foi abandonado e incendiado.
FORMALIZAÇÃO
A autoridade policial diz que nas próximas semanas somente deverá formalizar os trabalhos investigativos de um ano e deverá relatar o inquérito policial e poderá representar junto ao Ministério Público e Poder Judiciário pela prisão preventiva dos irmãos que se julgado e culpado podem concorrer a uma pena entre 12 a 30 anos de reclusão.