O prefeito Maurício Rasi constituiu em 26 de abril, a Comissão Especial para avaliação e apresentação de proposta para o processo de concessão dos serviços de água e esgoto de Porto Ferreira. São membros: Edison José Utinetti, Marcos André P. Silva, José Roberto de Carvalho, Gabriel Pelegrini, Marcos Antonini, Alessandra Maestrello, Hugo Brito de Souza e Taciana B. F. Mesquita.
Nos últimos anos a conta de água subiu cerca de 30%. Hoje uma família de classe média formada por quatro pessoas, consome em média 33m³ de água e gasta R$ 100. Em 2008 a mesma família gastava R$ 60. Mesmo com o aumento da receita do Saef o prefeito encaminhou o projeto de concessão, segundo José Roberto, ao final do prazo desse serviço (30 anos), tudo voltará a ser do Saef, diferente de uma privatização.
Mesmo concluída, a obra da estação de tratamento Santa Rosa, que teve início em 2001, não está em funcionamento. Nela foi gasto aproximadamente R$ 650 mil e deve tratar o esgoto de cinco mil habitantes. Já a estação Fazendinha contou com R$ 5 milhões e a princípio tratará o esgoto de 25 mil habitantes. “Esta obra deve terminar até o meio deste ano”, diz Hugo.
Em relação à folha de pagamento, José Roberto diz que não tem como saber se os funcionários vão ser absorvidos pela Prefeitura. “Como a empresa vem de fora, ela não sabe a realidade do nosso município. Como é muito antigo nosso encanamento, não houve um mapeamento de onde passam os encanamentos. Como esta empresa vai contratar 80 pessoas sem nenhum conhecimento sobre a nossa cidade? Nós acreditamos que ela vai ter grande interesse em assumir os servidores do Saef”, diz. Porém os funcionários poderão optar por trabalhar na Prefeitura, devido à garantia que o estatuto dos servidores oferece. Dessa forma a Prefeitura ficaria com a despesa da folha de pagamento, que gira em torno de R$ 200 mil por mês e a nova empresa com a receita de aproximadamente R$ 9 milhões por ano.
O valor da outorga onerosa está sendo estudado entre R$ 4 a 5 milhões. “Nós estamos tentando manter a taxa de água sem grande alteração. Quanto maior a outorga, maior é o impacto da empresa e mais ela teria que aumentar a tarifa de água” diz José Roberto.
Sobre os boatos de que já existem duas empresas pré- determinadas para ganhar, o Grupo Leão de Ribeirão Preto e um grupo de Limeira, os entrevistados negaram. “Não existe nem edital ainda”, diz Hugo.
O Portoferreirahoje fez um levantamento junto aos engenheiros da UFSCAR, Copasa e Prefeituras de cidades semelhantes(Guaxupé e Pirassununga), que para tratar 100% do esgoto e melhorar a qualidade de abastecimento de água, gira em torno de R$ 30 milhões. Mas o plano diretor de saneamento feito pela Prefeitura está em torno de R$ 100 milhões de investimento. “O plano está no site do Saef, da Prefeitura, também foi apresentado à Câmara e até hoje ninguém deu sugestões e falou que estava irregular” diz Zé Roberto. Segundo o chefe de gabinete, este plano foi aprovado por quatro engenheiros