Os pedágios das rodovias paulistas concedidas em 1998 seriam 26% mais baratos, caso o indexador para reajustes fosse o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – o mesmo usado para aumentos salariais), em vez do IGP–M ( Índice Geral de Preços do Mercado).
Um trajeto de carro entre Ribeirão Preto e São Paulo (pouco mais de 300 km) sai hoje por R$ 55,61. Com a correção pelo IPCA, a conta seria de R$ 41,15, uma economia de R$ 14,46 por viagem para o usuário, ou seja, as concessionárias “ficam com esse valor maior” em detrimento do usuário.
A adoção do IPCA ao invés do IGP-M (este ainda está sendo utilizado) ao longo dos últimos 12 anos teria trazido grande economia aos usuários das rodovias paulista.
Por exemplo, a receita da Autoban, concessão mais rentável do país, que conjuga a operação das rodovias Anhanguera e Bandeirantes, foi de R$ 1,16 bilhão em 2009. Com IPCA, teria rendido cerca de R$ 300 milhões a menos, ou seja, a empresa “abocanhou” uma grande quantia de reais a mais.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou recentemente a intenção de rever os contratos de concessão das rodovias, mas não deu detalhes de como será feito esse trabalho.
Sabe-se apenas que será tocado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), ligada à Secretaria de Transportes.
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Fonte: jornal Valor Econômico, Artesp e DIEESE