O promotor Daniel Serra Azul Guimarães, responsável pelas investigações contra a Prefeitura de Leme, entrou com liminar na Justiça na manhã desta quinta-feira (29), pedindo o afastamento provisório do prefeito Wagner Ricardo Antunes Filho, conhecido como Wagão, e do chefe de compras, Pedro Doniseti Benedito, por suspeitas de improbidade administrativa.
O afastamento, segundo a Promotoria, é necessário porque a presença dos integrantes do Executivo pode prejudicar as investigações e gerar, inclusive, mais casos de improbidade. No dia 26 agosto, policiais e promotores fecharam a prefeitura para recolher provas ligadas a fraude. Vários documentos foram apreendidos e muitos deles confirmaram o esquema ilegal, segundo o Ministério Público.
Denúncias
A investigação, que envolve 21 pessoas, entre elas, vereadores e donos de supermercados da cidade, apontou distribuição de medicamentos com exploração política e desvio de verbas no comércio para fins particulares com carnes para churrasco e até baralhos. O prejuízo desde 2008 seria de aproximadamente R$ 1 milhão.
Na ação civil, o promotor pede o bloqueio de bens de todos os envolvidos e mais o ressarcimento aos cofres públicos e uma multa aos suspeitos. O valor passa dos R$ 3,8 milhões.
Condenação
Caso sejam condenados, os representantes da prefeitura e da Câmara de Vereadores podem perder o cargo, ter os direitos políticos suspensos, além de serem multados e terem que ressarcir os cofres públicos. Já os comerciantes ficariam impedidos de negociar com qualquer órgão público.
O pedido do afastamento do prefeito está sendo analisado pela juíza Camila Marcela Ferrari Arcaro, da primeira vara cível de Leme.
Fonte: EPTV.com e maisinterior