Na sessão da última 2ª feira mais uma vez os benefícios aos professores públicos municipais foram discutidos.
Requerimento apresentado pelo Vereador Carlos Berque, subscrito pelo Vereador Rômulo Rippa questiona a prefeitura sobre a aplicação da Lei Federal 11.738 de 2.008 que, entre outras coisas, assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas para poderem atender aos estudantes e preparar aulas.
Segundo Berque, que também é professor, a possibilidade de maior tempo de dedicação no preparo de aulas, correção de avaliações, capacitação e atendimento aos pais e aos alunos pode contribuir muito para a qualidade da educação no nosso município. “Os professores trabalham muito, chegando a três turnos por causa dos baixos salários e, quando chega em casa, já cansado ou nos finais de semana, ainda tem que se dedicar a essas atividades que, sendo aplicada a Lei, poderão ser executadas no período de aulas e remuneradas.”, reflete Berque.
O Vereador observou ainda que o STF – Supremo Tribunal Federal considerou que a Lei não fere a Constituição, devendo, portanto, ser cumprida em benefício dos professores e que o Ministério da Educação afirma que a lei deve ser aplicada imediatamente.
Outra discussão sobre o mesmo assunto foi o Plano de Carreira do Magistério que aguarda a meses informações financeiras da prefeitura para ter andamento nas negociações com a Câmara Municipal e com os profissionais do magistério.
Os Vereadores Berque, Rômulo e Maguila questionaram a demora no envio dessas informações, o que vai impossibilitar a discussão, votação e aprovação do Plano de Carreira neste ano.
“Provocamos um debate na Câmara no ano passado através da Comissão de Cultura e Assistência Social, então presidida pelo Vereador Luís Adriano. Já vai fazer um ano que esse debate se iniciou até hoje pouco de concreto que beneficie os profissionais do magistério. É uma pena, pois, por causa disso, estamos perdendo bons profissionais para as redes públicas dos demais municípios da região, do estado e para a rede particular.”, lamenta Berque.
O Vereador esteve recentemente na cidade paranaense de Tibagi, onde, entre outros projetos, pode conhecer o Escola Sem Froteiras, onde todas as salas de aula das escolas municipais possuem lousas digitais interativas, que permitem ao professor usar todos os recursos multimídia de um computador, inclusive com acesso à internet, numa projeção na parede.
Desenvolvida especialmente para os educadores, a lousa interativa trabalha com projetores e se integra perfeitamente com aplicativos existentes, oferecendo todos os recursos interativos.
O recurso interativo proporciona ao professor escrever sobre a projeção através de sensores infravermelhos. O projetor possibilita interação com softwares de apresentação de slides, programas educacionais, sites da internet ou quaisquer outros aplicativos, diretamente na superfície da lousa.
“Queremos melhorias assim para Porto Ferreira, mas antes temos que valorizar os profissionais da educação, sem os quais nenhum processo de mudança positiva se estabelece.”, sacramenta o professor Berque.