Prefeito de Descalvado presente na inauguração do Sítio-Escola, em Barra Bonita

O prefeito municipal de Descalvado, Luís Antônio Panone, e aproximadamente 50 trabalhadores rurais do município de Descalvado – entre eles, o presidente da Afade (Associação da Agricultura Familiar de Descalvado), Nivaldo Grippa, e o líder do assentamento rural 21 de Dezembro, Francisco das Chagas Costa, o Piauí – estiveram presentes no último dia 13, em Barra Bonita (153 km a sudoeste de Descalvado), à inauguração do Sítio-Escola, espaço voltado a qualificar trabalhadores rurais em ramos variados da atividade agropecuária.

Também estiveram presentes à solenidade de inauguração do Sítio-Escola o presidente da Federação, Élio Neves, o deputado estadual Edinho Silva (PT), o deputado federal Newton Lima Neto (PT-SP) e ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Projeto Sítio-Escola
A meta é garantir a recolocação profissional dos boias-frias que faltamente perderão o emprego devido à mecanização da cultura de cana de açúcar em São Paulo. Até 2014, o corte manual em todas as lavouras mecanizáveis no Estado deverá ser substituído pela ação de máquinas, que podem realizar o serviço de até 80 trabalhadores braçais.

O prazo está previsto no Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro, conjunto de diretrizes estabelecidas pelo governo estadual e a Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) para antecipar o fim das queimadas na colheita e consequentemente reduzir as emissões de gases de efeito estufa provocadas pela atividade – o acordo foi lançado em 2007.

Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, a mecanização nas lavouras paulistas de cana alcançou 70% das usinas e 20% dos fornecedores na safra 2010/2011.

O convite a Panone e aos trabalhadores rurais sediados em Descalvado foi feito pela Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), que construiu o Sítio-Escola com o apoio da prefeitura barrabonitense e da usina de açúcar e álcool Raízen.

A convocação reforça o reconhecimento que o prefeito tem recebido de órgãos governamentais, setores da iniciativa privada e entidades de classe envolvidas com a agricultura e a pecuária.

Outras provas disso são a conquista do Selo Prefeito Empreendedor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a seleção juntamente com apenas outras 29 cidades de todo o Brasil no Edital de Apresentação Eletrônica de Boas Práticas do I EMDS (Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável). Inéditos na história de Descalvado, os prêmios são resultado das políticas públicas executadas por Panone e sua equipe de governo visando ao fomento aos APLs (arranjos produtivos locais) e ao desenvolvimento do agronegócio no município.

O Sítio-Escola integra o Projeto Renovação, que tem oferecido em várias regiões de São Paulo cursos de qualificação profissional a trabalhadores da cadeia produtiva da agroindústria. As esposas e filhos dos trabalhadores também frequentam cursos de capacitação diversos a fim de complementar a renda familiar, como, por exemplo, cultivo de hortaliças e produção de pães e doces. O Projeto é conduzido pela Feraesp em parceria com a Única e empresas do segmento de agronegócios.

Mecanização muda empregos no setor canavieiro
O avanço da mecanização na colheita da cana-de-açúcar no Estado de São Paulo trouxe uma queda de 29% no número de postos de trabalhadores não qualificados, uma alta de 25% no de empregos qualificados no setor canavieiro e inverteu o perfil de qualificação da mão de obra do setor, entre 2007 e 2011. É o que aponta um estudo do Departamento de Economia Rural da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (FCAV/Unesp), em Jaboticabal (SP), feito a partir de dados do Ministério do Trabalho.

Os dados, obtidos pela reportagem, mostram que o número médio de postos ocupados por trabalhadores canavieiros, basicamente cortadores de cana, caiu de 178.194 em 2007 – ano em que governo paulista e usineiros assinaram um pacto para o fim da queima da palha e da colheita manual – para 126.538 em 2011. Os 51.656 postos de trabalho suprimidos fizeram com que a participação desses trabalhadores não qualificados no total de empregados do setor caísse de 56,39% para 42,35% no período avaliado.

Ao mesmo tempo, o número de postos de trabalho ocupados por empregados mais qualificados, a maioria nos setores produtivo e administrativo da indústria de açúcar e etanol, cresceu em 34.454, de 137.793 para 172.247. A participação dessa categoria de trabalhadores no total saiu de 43,61% para 57,65%. Segundo o professor da Unesp e coordenador do estudo, José Giacomo Baccarin, a inversão no perfil profissional do setor “”ocorre basicamente devido ao avanço da colheita mecânica, pela qualificação da mão de obra na indústria e ainda, um pouco pela mecanização do plantio””.

A reversão no perfil de qualificação da mão de obra, não significa, no entanto, que os empregados não qualificados ocuparam os novos postos de empregos qualificados. Apenas uma minoria desses não qualificados é mantida em outros postos na indústria canavieira. Segundo o professor, um recente estudo feito pela FCAV/Unesp em prefeituras de 27 municípios da região de Ribeirão Preto aponta que o avanço da mecanização e a supressão de postos de trabalho de cortadores não trouxeram problemas sociais. “Constatamos que a construção civil absorveu muitos desses cortadores menos qualificados e que havia algumas iniciativas de qualificação pelas prefeituras e pelas usinas”, disse o professor. Na avaliação de Baccarin, entre 20 mil e 30 mil postos de trabalho não qualificados ainda deverão ser cortados até 2017, quando a colheita da cana em São Paulo deverá ser 100% mecanizada.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Descalvado e Departamento de Economia Rural da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (FCAV/Unesp)

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