Um requerimento de autoria do vereador Serginho Martins (PCdoB), aprovado na última sessão ordinária da Câmara Municipal, dia 06, teve o objetivo de apresentar às autoridades municipais um novo processo de tratamento do lixo urbano.
Trata-se de uma Usina Termoelétrica a Plasma, tecnologia nacional surgida à partir da busca de uma solução sustentável e definitiva para o tratamento do lixo orgânico e à destinação de materiais não reaproveitáveis.
O funcionamento da usina se dá por meio da utilização de altas temperaturas, promovendo uma rápida gaseificação dos resíduos, permitindo a geração de energia elétrica. A grande diferença frente aos atuais métodos de incineração, diz respeito à eliminação de moléculas tóxicas resultantes, e à inexistência de contaminação residual.
Diferentemente da incineração, o plasma não queima, pois ocorre uma dissociação molecular devido à altíssima temperatura com que opera, portanto, não há formação de cinzas, fumaça ou gases perigosos.
Segundo Serginho, “com a implantação desta nova tecnologia, além de dar uma sobrevida ao nosso Aterro Sanitário, o município poderá reduzir os custos operacionais com a destinação final de resíduos, implantando um processo ambientalmente correto e que, ao final, ainda gera energia elétrica que poderá ser utilizada pela própria municipalidade. Para tanto, precisamos estabelecer um convênio com um ou mais municípios vizinhos”.
O vereador afirma que esteve dialogando com o Diretor do Departamento Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Dori Américo da Silva, o qual afirmou ter conhecimento sobre a tecnologia e ser adepto à formulação de um convênio com municípios do entorno. Para que ocorra a instalação da usina em Porto Ferreira é necessário, além do desejo da prefeita Renata Braga, a consolidação de um consórcio intermunicipal, pois a tecnologia só é economicamente viável a partir de 100 toneladas diárias de lixo e Porto Ferreira gera apenas 50.
Ao final de sessão, Dori procurou o vereador e afirmou: “já estou visitando alguns municípios em busca de uma parceria neste sentido e fico satisfeito que a Câmara Municipal também esteja atenta a estas questões”. E agradeceu: “você, Serginho e outros vereadores tem sido grandes parceiros na busca de soluções ambientais sustentáveis para o município e a usina de plasma é um dos projetos que estão nos planos da prefeita, no entanto é necessário a existência do consórcio. Obrigado pela grande contribuição”, finalizou.
Caso as articulações com os outros prefeitos e prefeitas sejam exitosas, Porto Ferreira poderá implantar a tecnologia de plasma, que é sem sombra de dúvida, a alternativa mais indicada para as cidades que precisam tratar de forma final os resíduos sólidos domésticos e hospitalares, ou mesmo industriais, cuja legislação será, por certo, cada vez mais exigente com respeito ao trato que os municípios terão que dar aos rejeitos por eles gerados.