Sai o “outubro rosa” e entra o “novembro azul”. Assim como a campanha realizada no mês passado pelo Departamento de Saúde da Prefeitura de Porto Ferreira fazia um alerta importante para a prevenção do câncer de mama pelas mulheres, desta vez o alvo é o público masculino. Para alertar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, várias cidades do país estão adotando a cor azul em faixas e luzes.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) informam que no ano passado foram identificados mais de 60 mil novos casos da doença. O instituto considera câncer de próstata uma doença da terceira idade, porque cerca de três quartos dos casos no mundo surgem a partir dos 65 anos. De acordo com especialistas, os homens estão mais conscientes, embora ainda não realizem os exames com a mesma frequência que as mulheres fazem o exame de mamas.
A próstata é uma glândula presente nos homens, localizada abaixo da bexiga e à frente do reto. O câncer pode ser descoberto inicialmente no exame clínico, um toque retal, exame que enfrenta a resistência de muitos homens, combinado com o resultado de um exame no sangue. Se detectado o tumor, só a biópsia é capaz de confirmar a presença de um câncer. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), quando descoberto no início, 90% dos casos de câncer de próstata são curáveis. Pessoas que têm casos de câncer de próstata na família, obesas e negras têm mais risco de desenvolver a doença.
Segundo o Inca, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás do câncer de pele. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando 10% do total de cânceres. A taxa de incidência do câncer de próstata é seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Na fase inicial, o câncer da próstata não costuma apresentar sintomas. Quando surgem são parecidos com os do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite. Na fase avançada, a doença pode provocar dor nos ossos, problemas para urinar e, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
O tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes apenas observação médica.
Fonte: AC