Na manhã desta quarta-feira (18) aconteceu no Anfiteatro Isaltino Casemiro uma palestra sobre a dengue em Porto Ferreira, proferida pelo engenheiro agrônomo Maurício Vladimir Botti, diretor da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de Ribeirão Preto.
A palestra foi dirigida a profissionais da Saúde e lideranças civis e religiosas, com o objetivo de que estas se tornem propagadoras de informações corretas sobre a doença.
O palestrante prestou muitos esclarecimentos técnicos e destacou principalmente a importância da participação efetiva da comunidade no controle do mosquito, deixando claro que a dengue não é um problema apenas do governo, mas sim de toda a comunidade, esclarecendo que o mosquito está plenamente adaptado às condições de vida do homem moderno, e estas condições oferecem grande variedade de recipientes para a proliferação de vetores.
Nesse sentido, Wladimir citou os locais onde o mosquito se reproduz, sendo encontradas larvas tanto na parte interna de casas como em quintais. Na área interna mencionou: pratos de vasos de plantas, vasos de plantas cultivadas em água, ralos, vasos sanitários com pouco uso, caixa de descarga destampada e bandeja externa de geladeira. Em área externa mencionou: pneus, garrafas, calhas entupidas, lajes com água empoçada, caixas d´água mal tampadas, piscinas abandonadas, materiais recicláveis e ralos de captação de água.
O palestrante destacou que o sucesso para o combate à dengue está em que cada munícipe cuide de sua casa e do seu local de trabalho, para que não haja criadouro do mosquito transmissor. E para esta conscientização, ressaltou a importância da participação dos líderes da comunidade, onde as orientações adquirem ainda maior peso, mencionando os bons resultados já obtidos em locais que já passaram por epidemias como a verificada em Porto Ferreira.
Um outro ponto que merece ser destacado, já objeto de polêmica no município, é quanto aos números de casos ocorridos. O palestrante esclareceu que os sintomas da dengue não são iguais em todos os indivíduos, assim, muitos podem contrair o vírus e ainda continuar suas atividades, sem que o caso seja notificado. Daí a possibilidade de haver divergência entre o número de casos notificados e os número real de pessoas infectadas pelo vírus. Segundo ele, o número real de casos reais pode ser até 10 vezes maior do que os notificados, podendo esta grandeza variar, para mais ou para menos.
Ao final, o palestrante respondeu a muitas perguntas e dúvidas apresentadas pelos presentes.
Estiveram presentes a prefeita Renata Braga, o novo diretor da Saúde, Geraldo Alencar Ribeiro e Zulimar Catarina, diretora da Sucen de Ribeirão Preto,
