Desde as 7 horas da manhã desta terça-feira (22), o atendimento de casos ambulatoriais no Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia estará suspenso. A população continuará com o Plantão Médico de Urgência e Emergência. Isso ocorreu devido ao atraso de repasse mensal de R$ 630 mil por parte da Prefeitura Municipal. A notícia foi ventilada na última sexta-feira (18) e até o momento ainda não foi realizado o pagamento, forçando a direção da Santa Casa a cortar gastos.
Inicialmente essa paralisação seria ontem, mas em respeito à população de Pirassununga, que poderia ser pega de surpresa, a data foi transferida para hoje. Os funcionários da Santa Casa realizam a orientação a todos os pacientes que chegarem ao PS a procurarem as Unidades de Saúde do Município. Hoje, de acordo com a Santa Casa são atendidas em média 300 pessoas por dia, sendo que 97% são casos ambulatoriais.
O que são casos ambulatoriais: febres, dores de cabeça crônicas, dores musculares, pequenos curativos, verificação de pressão, de glicemia entre outros procedimentos que não necessitem de uma estrutura mais completa e nem de internação. Nesses casos, a população deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa para realizar a consulta (na maioria das vezes agendada).
A decisão foi tomada em reunião ocorrida na última terça-feira (15) entre a Provedoria, Conselho Superior, Direção Técnica com participação do Corpo Clínico. Um documento foi protocolado junto à Prefeitura na quarta-feira (16) com cópia enviada ao Ministério Público. O documento enviado à Prefeitura e o MP teria o seguinte conteúdo:
“Importante ressaltar que o custeio não vem sendo repassado. Com o quadro histórico financeiro dos repasses que vêm sendo feitos a cada ano e na falta de repasses, não tem como manter o Pronto Socorro com os equipamentos em funcionamento, medicamentos, manutenções em geral e profissionais envolvidos”.
Continua o documento informando que: “A entidade vem acumulando dívidas com fornecedores, insumos e demais profissionais o que torna insustentável os atendimentos da demanda, tornando uma situação onerosamente excessiva para o hospital diante da falta de verbas para a saúde”.
De acordo com o provedor da entidade, Edinaldo Barbosa de Lima, no momento em que o repasse for normalizado, o atendimento ambulatorial retorna ao Pronto Socorro. A orientação, porém, é que as pessoas continuem com atendimentos não emergenciais nas Unidades Básicas de Saúde dos bairros.
Fonte e foto: www.difusorapirassununga.com.br