Especialista do HC de Ribeirão Preto destaca que nova cepa tem se espalhado e pode agravar quadros em pessoas vulneráveis
Uma nova variante da covid-19, batizada de XFG, tem se espalhado pelo mundo e já foi identificada no Brasil, com casos confirmados inclusive no estado de São Paulo. A variante, que foi detectada pela primeira vez em janeiro deste ano no sudeste asiático, tem como uma de suas manifestações clínicas a rouquidão, mas também causa sintomas como febre, dor de garganta e falta de ar.
De acordo com o infectologista e professor da USP de Ribeirão Preto, Dr. Benedito Lopes da Fonseca, a XFG pode provocar uma doença mais branda em pessoas jovens e sem comorbidades. No entanto, o médico alerta que ela pode levar ao aumento da hospitalização e de óbitos em idosos, pacientes com comorbidades e doenças crônicas.
“Pelas mudanças que essa variante teve na sua superfície, ela foge um pouco da nossa resposta imune. Então, nós não somos completamente protegidos, mas não é completamente que ela irá causar uma doença grave”, explicou o Dr. Benedito em entrevista. Ele ressalta que a proteção imunológica, tanto pela infecção prévia quanto pela vacinação, ainda é eficaz, já que a XFG pertence à família da Ômicron.
Vacinação em dia como principal medida de proteção
Atualmente, a variante XFG foi identificada em 38 países, mas seu rápido avanço tem preocupado os especialistas. Diante desse cenário, o Dr. Benedito Fonseca reforça a importância de manter o calendário de vacinação contra a covid-19 atualizado, especialmente para crianças, idosos e pessoas com comorbidades ou imunossuprimidas.
“É importante tomar a vacina, pois, sendo da mesma família, ela vai proteger contra as novas variantes”, enfatizou o médico, destacando a imunização como a principal ferramenta para mitigar os riscos e proteger a população mais vulnerável.
Fonte: acidadeon