A Favela do Moinho, última ocupação irregular no centro de São Paulo, dá início a um processo de reassentamento gradual após acordo entre governos federal e estadual, anunciando um modelo de habitação alternativo à demolição pura e simples.
Um plano apoiado por 800 famílias
- Cerca de 854 famílias vivem na comunidade; 89% já aderiram ao plano de saída voluntária
- 25% (216 famílias) já se mudaram para apartamentos prontos, em construção ou por meio de carta de crédito para unidades de até R$ 250 mil
Como funciona a solução habitacional
- Compra assistida: subsídio de R$ 180 mil via Minha Casa, Minha Vida + R$ 70 mil do Casa Paulista, totalizando até R$ 250 mil por família
- Auxílio-aluguel: R$ 1.200 mensais durante a transição (antes eram R$ 800)
- Suporte logístico: auxílio-mudança de R$ 2,4 mil, transporte de móveis e vans para o novo endereço
- Ampla oferta de imóveis: 1.047 unidades disponíveis nos bairros centrais e 499 na periferia, além de carteiras para compras independentes
Garantia de direitos e gestão integrada
- A cessão do terreno da União está condicionada a garantias rigorosas de realocação digna, com monitoramento pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI)
- Participação de defensores públicos e liderança comunitária: 13 reuniões coletivas e mais de 2.000 atendimentos realizados para transparência no processo
Desafios ainda pendentes – Apesar do consenso majoritário, ainda há tensão:
- Pressões para ajustar renda informal para atender aos programas .
- Medo entre moradores que podem não se adaptar ao novo entorno ou perder laços comunitários .
- Necessidade de assistência social e psicológica por pelo menos 24 meses, conforme reivindicado pela SPU
Próximos passos e impacto urbano
- A área será convertida em Parque do Moinho, com nova estação de trem na superfície ferroviária
- A SPU suspendeu demolições enquanto os critérios de realocação são cumpridos, evitando intervenções abruptas ou violentas
*Fonte: www.gov.br – Secom/Presidência da República – mariana.viegas@fsbcomunicacao.com.br