Com avanço no mercado de trabalho e aumento da renda, estado se junta a outros do Nordeste que já têm mais CLTs do que beneficiários do programa social
Sergipe alcançou um novo marco no mercado de trabalho. O estado passou a ter mais trabalhadores com carteira assinada do que famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (30), mostram que em setembro de 2025 Sergipe contabilizou 356.218 empregados formais, superando ligeiramente os 356.107 lares atendidos pelo programa social.
O resultado segue uma tendência observada em outros estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte, Pernambuco e Ceará, que já haviam registrado o mesmo movimento nos últimos meses. Especialistas avaliam que o aumento da renda e a redução do desemprego vêm impulsionando a formalização do trabalho e diminuindo a dependência de programas de transferência de renda.
O avanço na geração de empregos também começa a se refletir em outras partes da região. Alagoas e Bahia apresentam desempenho positivo e devem, em breve, inverter a relação entre trabalhadores formais e beneficiários. Já Maranhão e Piauí, que ainda mantêm os piores índices, mostram melhora consistente: no Maranhão, a proporção entre famílias beneficiadas e empregados formais caiu de 2,16 para 1,69 desde o início do governo Lula, enquanto no Piauí o índice passou de 2,04 para 1,45.
Em todo o país, o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família vem diminuindo de forma constante. Apenas em 2025, mais de 2 milhões de famílias deixaram o programa, que atualmente beneficia 18,9 milhões de lares. Os dados reforçam o impacto do crescimento econômico sobre o mercado de trabalho e indicam uma redução gradual da dependência de políticas assistenciais no Brasil.
Fonte: paulogala.com.br







