A prefeita Renata Braga e a diretora do Departamento de Educação, professora Maria Regina Nascimento Nery, visitaram no final de outubro o prédio que vai abrigar a escola do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) em 2014. Na oportunidade, foram recebidas pelo engenheiro Marco Antônio Elias Barcellos, proprietário da empresa responsável pela reforma e adequação das instalações.
Trata-se do histórico prédio da antiga descaroçadora de algodão da Fiação Amélia, localizado na avenida Engenheiro Nicolau de Vergueiro Forjaz, no Centro, e que desde 1997, no primeiro governo do ex-prefeito André Braga, até o início deste ano abrigou o projeto da Incubadora de Empresas.
“As obras estão dentro do cronograma e em breve já poderemos começar a ocupar as instalações. É muito importante dar continuidade a este projeto de educação profissionalizante aos nossos jovens, com o conforto e as condições que eles merecem”, comentou Renata Braga.
Histórico
O Senai em Porto Ferreira é resultado de uma parceria entre a empresa ferreirense MarGirius e a Prefeitura. Por intermédio da criação do Centro de Treinamento em Porto Ferreira, possibilitou a oferta de cursos e a formação de alunos com a marca Senai.
Este projeto foi fruto de um trabalho idealizado pelo vereador Luiz Antonio de Moraes, o Maguila (PPS), por meio das parcerias entre o Senai, Prefeitura e a empresa MarGirius, que patrocinou todos os equipamentos e montagem dos laboratórios. O Centro de Treinamento teve início em julho de 2006, na primeira gestão do ex-prefeito Maurício Rasi, utilizando dependências da Cooperativa Educacional Ferreirense (Coefe), no antigo aeroporto.
Em 28 de agosto de 2012, a Coefe informou a Prefeitura que iria necessitar para uso próprio das instalações locadas à municipalidade para funcionamento dos cursos do Senai, cujo contrato iria vencer em 31 de dezembro daquele mesmo ano.
Em 30 de agosto de 2012, a então diretora do Departamento de Educação informava que, na intenção de locar outro prédio que poderia abrigar as instalações do CT do Senai Porto Ferreira, havia visitado pessoalmente “mais de uma dezena de propriedades” e esclarecia não ter obtido sucesso, em razão de que alguns proprietários não se interessavam em alugar para o serviço público ou então não atendia às necessidades físicas.
Em janeiro de 2013, como até então não havia sido locado outro prédio, procedeu-se a desocupação das salas da Coefe, sendo todas as instalações e equipamentos desmontadas e abrigadas em prédio da MarGirius, graças aos esforços do vereador Maguila e do diretor daquela empresa, Paulo Alfredo Fadel, que disponibilizaram funcionários, técnicos e transporte para a realização da desmontagem e mudanças.
Em março de 2013, após reunião com dirigentes do Senai e a atual administração do Departamento de Educação, diante da dificuldade de encontrar prédio adequado, ficou decidido que os cursos do Senai só recomeçariam no ano de 2014, com a adaptação do prédio onde anteriormente havia funcionado a Incubadora de Empresas.
Incubadora
Em janeiro deste ano o Departamento de Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente informou que o projeto da Incubadora de Empresas seria interrompido, devido a uma série de problemas, para retornar mais eficiente e com apoio do Sebrae.
A Incubadora nasceu com apoio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas Empresas (Sebrae).
Em 15 anos, muitos casos de sucesso aconteceram. Mas, remodelações na Fiesp/Ciesp e no Sebrae fizeram com que as entidades deixassem de participar da Incubadora, a qual teve sequência com um formato municipalizado. Este modelo, no entanto, não havia sido formalizado por meio de um novo convênio com entidade local ou por lei específica e funcionou somente às expensas da Prefeitura.
A atual Administração Municipal encontrou a Incubadora em 2013 com apenas três empresas em atividade. O antigo prédio estava em péssimas condições de conservação e o contrato de locação havia vencido, exigindo imediata devolução do imóvel aos seus proprietários. Mais ainda: atraso de 8 meses no pagamento de aluguel; a ausência de uma personalidade jurídica que desse legitimidade ao projeto; e até mesmo a ausência de consultorias aos empresários, descaracterizando o verdadeiro objetivo da Incubadora, que deveria dar apoio técnico de administração aos incubados.
Assim sendo, o projeto foi interrompido para voltar com uma nova proposta e um formato ideal, contemplando todas as consultorias necessárias, tais como custos, administração financeira, marketing e vendas, design, participação em feiras etc., tudo isso em instalações adequadas e retomando o apoio do Sebrae.
Fonte: AC
