Da travessia do rio na balsa de João Inácio Ferreira à consolidação como polo econômico, cultural e turístico do interior de São Paulo.
A história de Porto Ferreira começa nos idos de 1860, quando um ponto de travessia foi estabelecido na margem do Rio Mogi‑Guaçu, operado pelo balseiro João Inácio Ferreira. Esse local estratégico, conhecido inicialmente como Porto do João Ferreira, veio a dar nome ao futuro povoado.
Na década de 1880, a chegada da Estrada de Ferro da Companhia Paulista e da navegação fluvial consolidou o local como entreposto essencial para o transporte do café produzido na região de Ribeirão Preto. Em 15 de janeiro de 1880 foi inaugurada a estação ferroviária, seguida por intensa atividade mercantil e populacional, surgindo cerca de 37 casas em pouco tempo.

Emancipado como distrito em 1888, Porto Ferreira foi anexado a Pirassununga em 1892 e finalmente conquistou sua autonomia político‑administrativa em 29 de julho de 1896, com a solenidade de instalação no dia 25 de dezembro daquele ano
Após a desativação da navegação fluvial em 1903, que levou à queda da população de 11 mil para cerca de 3 mil, Porto Ferreira soube se reinventar. Na década de 1920, a indústria cerâmica começou a florescer, impulsionada pela abundância de argila local, dando nova base à economia local.

A partir da segunda metade do século XX, o setor se consolidou: diversas indústrias de louças, porcelanas e objetos decorativos se instalaram na cidade, transformando-a em um importante centro de produção cerâmica
Porto Ferreira foi oficialmente reconhecida em 2017 como Capital Nacional da Cerâmica Artística e da Decoração, título federal que coroou sua vocação econômica. No mesmo ano, o município recebeu o status de Município de Interesse Turístico (MIT) por parte do Governo de São Paulo, o que passou a lhe garantir recursos públicos para investir em infraestrutura turística.
Hoje, a cidade conta com mais de 300 lojas e cerca de 80 indústrias do setor, gerando cerca de 40% da economia local e mais de 5 mil empregos diretos. O Circuito da Cerâmica, com mais de 2 quilômetros ao longo da Rodovia Anhanguera (SP‑330), é considerado um dos maiores “shopping a céu aberto” do país no segmento Investe SP.
Capital das Embalagens de Vidro – Porto Ferreira se destaca hoje como o maior centro produtor de embalagens de vidro no Brasil e na América Latina. A presença das gigantes Vidrala (via Vidroporto) e Verallia, aliada à infraestrutura avançada e ao uso intensivo de vidro reciclado, consolidam a cidade como polo estratégico do setor.
Vidroporto/Vidrala – Fundada em 1.º de outubro de 1977 por empreendedores da cidade, a Vidroporto iniciou sua produção em abril de 1981, com capacidade modesta de 30 000 garrafas por dia, que logo foi ampliada com novas linhas e forno.

Em Porto Ferreira, construiu a primeira usina automática de beneficiamento de cacos de vidro do Brasil, instalada em 2013–2014, capaz de tratar cerca de 150 mil toneladas por ano de vidro reciclado, com mais de 99% de pureza. Essa infraestrutura permitiu à Vidroporto produzir garrafas com até 60% de vidro reciclado, reduzindo impactos ambientais e custos
Em 2023, inaugurou o maior forno de fusão de vidro da América Latina, com capacidade de 480 toneladas diárias — elevando sua produção anual para cerca de 450 000 toneladas (mais de 2 bilhões de embalagens), com mais de 1 000 funcionários. No mesmo ano, o grupo espanhol Vidrala adquiriu 100% da Vidroporto por cerca de 384 milhões de euros, consolidando sua entrada no mercado brasileiro e reforçando seu plano de internacionalização.
Verallia – A Verallia, líder europeia de embalagens de vidro e terceira maior global, também mantém uma planta produtiva em Porto Ferreira. No Brasil, possui três fábricas no país (Porto Ferreira, Campo Bom/RS e Jacutinga/MG) e fornece soluções para centenas de marcas no setor alimentício e de bebidas.

Atualidade – Em 2024, a cidade registrou um crescimento de 48% nas atividades culturais, com 323 eventos ao longo do ano, destacando feiras, festivais, oficinas e muitos projetos apoiados por leis de incentivo nacional como Paulo Gustavo e Aldir Blanc.
Com uma população estimada de 56 mil habitantes em 2020, Porto Ferreira mantém alto índice de urbanização (96 %) e infraestrutura básica eficiente, incluindo abastecimento de água, coleta de lixo e saneamento
A cidade preserva recortes de natureza, como o Parque Estadual Porto Ferreira, com 611 hectares de Mata Atlântica semidecidual, funcionando como refúgio ecológico e atração turística ambiental

Empresas e empreendedores de vários ramos de serviços e indútrias continuam investindo em Porto Ferreira, com isso o município passa para uma grande diversificação de ramos de negócios e geração de empregos, especialmente nos setores de componentes elétricos – eletronônicos, móveis de ferro e madeira, além de importantes empresas no setor de transportes rodoviários.
Porto Ferreira se projeta em novas frentes de desenvolvimento ligados a educação e tecnologia com campus da Fatec inaugurado em 2025 e expansão da ETEC professor Jadyr Salles, e a cultura tem grande destaque com presença na Fazenda Rio Corrente do Instituto Cultural Gilberto Chateaubriand – ICGC e inauguração do Teatro Municipal Gilberto Chateaubriand no centro da cidade.


Parabéns ao povo ferreirense que contrói um muncípio pujante, com desafios enorgem, porém com a força desse empreendedor e trabalhador teremos um futuro auspicioso.
Texto produzido com auxílio de IA e pesquisas na web