Trump, presidente dos EUA, usa sanções contra Moraes e ameaça economia brasileira para limitar o avanço do PIX

O alvo do estadunidense é o Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central e usado por 76% da população brasileira, pois esse está corroendo o lucro dos meios de pagamentos dos EUA

O governo de Donald Trump decidiu atacar de frente o Brasil com uma tarifa inédita de 50% sobre diversas exportações brasileiras para os Estados Unidos, uma das mais altas de sua chamada “guerra comercial global”.

O atual presidente estadunidense foi explícito: a medida é uma forma de pressionar o Judiciário brasileiro a parar o processo criminal contra Jair Bolsonaro, acusado de incitar um golpe fracassado em 2023.

A escalada foi além, o próprio ministro do STF Alexandre de Moraes, que conduz o julgamento de Bolsonaro, entrou na lista de sanções de Washington. Uma interferência direta e inédita nas instituições brasileiras feita ao longo desses mais de 200 anos.

Mas o alvo principal de Trump não é a política ou Bolsonaro, mas sim o Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central e usado por 76% da população brasileira.

O governo dos EUA abriu uma investigação contra o Brasil por supostas “práticas comerciais injustas” no setor digital e de pagamentos eletrônicos. Na prática, Trump vê o Pix como uma ameaça ao domínio do dólar e das gigantes americanas Visa e Mastercard, que perdem espaço rapidamente no mercado brasileiro e poderá perder no mundo com a expansão do Pix para outros países, especialmente para os BRICS.

Segundo o estadunidense Paul Krugman, nobel de economia de 2008, “o Pix não só substitui dinheiro e cartões, como também cobra taxas muito menores“. Com a chegada do Pix Parcelado, que permitirá compras a prazo sem depender de cartões de crédito, o sistema pode abalar ainda mais o poder das empresas financeiras americanas. Mais do que praticidade, o Pix representa uma inovação monetária que pode reduzir a dependência de bancos comerciais e, no futuro, abrir caminho para alternativas ao dólar no comércio global.

Desde o início deste século os EUA transformaram as sanções econômicas em arma diplomática. Alguns países já sentiram o peso dessa estratégia, especialmente sob Trump. Mas esse mesmo uso indiscriminado das sanções abriu espaço para um movimento global de busca por outras alternativas, que sejam mais independentes do “Tio Sam”.

A tentativa de intimidar o Brasil pode ter efeito contrário. Ao mirar no sistema financeiro brasileiro, Trump pode acelerar justamente aquilo que mais teme, o fortalecimento da defesa do PIX pelos brasileiros e talvez pelos países do BRICS.

Por Marco Antônio Mourão

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