Governador de SP reiterou o pedido por uma anistia integral, ou seja, o perdão total ao ex-presidente e aos presos por crimes cometidos durante os ataques em Brasília.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ontem, segunda-feira (29), em um encontro classificado como “cortesia” e “visita a um amigo”.
A reunião, da qual também participou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), serviu, no entanto, para reforçar publicamente uma condição do bolsonarismo para as definições sobre a corrida presidencial de 2026: a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.
Flávio Bolsonaro tem sido enfático ao ligar o futuro político de seu pai à aprovação de um projeto que conceda perdão aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes. Ele afirmou que “vai batalhar até o final” para que Jair Bolsonaro possa disputar as eleições presidenciais em 2026.
Apesar de insistir que o pai deveria ser o candidato, Flávio Bolsonaro elogiou Tarcísio, classificando-o como um “grande ativo da direita”. O governador paulista, por sua vez, manteve um discurso focado na relação pessoal, evitando comentários sobre a sucessão presidencial.
Ambos os políticos foram críticos ao projeto de redução de penas que tramita na Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP). Eles afirmaram que a proposta não atende às demandas do bolsonarismo e reiteraram o pedido por uma anistia integral, ou seja, o perdão total ao ex-presidente e aos presos por crimes cometidos durante os ataques em Brasília.
A posição deixa claro que o bolsonarismo vê a anistia não apenas como uma questão jurídica, mas como um ponto central e inegociável para a sua mobilização política e para a definição de seu principal nome na próxima eleição presidencial.
Fonte: Folha de S. Paulo