Dois policiais civis paulistas suspeitos de ligação com integrantes da facção criminosa PCC, ambos alvos da operação da Polícia Federal e Promotoria de ontem, terça-feira (17), movimentaram ao menos R$ 25 milhões em um intervalo de 5 anos.
O investigador Eduardo Lopes Monteiro, preso na operação Tacitus, movimentou cerca de R$ 12 milhões, e o agente Rogério de Almeida Felício, considerado foragido, movimentou cerca de R$ 13 milhões, conforme informações passadas pela PF.
Os nomes de Monteiro e Felício ficaram conhecidos a partir de novembro deste ano quando foi divulgada parte da delação do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, assassinado no aeroporto de Guarulhos.
Em acordo de delação premiada com o Ministério Público, Gritzbach apontou uma série de policiais supostamente envolvidos em esquema de corrupção, entre eles Monteiro e Felício, além do delegado Fábio Baena, chefe de ambos durante passagem deles pelo DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
Baena e sua equipe foram os responsáveis pela investigação do assassinato em 2021 de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, chefe do PCC. Gritzbach era o principal suspeito de ser o mandante do crime. Os policiais teriam exigido dinheiro para livrá-lo das acusações, segundo a versão apresentada pelo delator.
*Fonte: www1.folha.uol.com.br