O Banco Central do Brasil (BC) descumpriu a meta da inflação oito vezes desde 1999, quando o sistema foi criado, considerando o último dado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado ontem, sexta-feira (10/01).
A inflação fechou em 4,83% em 2024, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A "meta de inflação" foi descumprida em 2001 e 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2003, no 1º ano do presidente Lula Inácio Lula da Silva (PT). Depois voltou a ser descumprida em 2015 durante o 1º ano do 2º mandato da Dilma (PT) – logo após sua reeleição.O mesmo ocorreu em 2021 e 2022, no 3º e 4º ano do mandato do então presidente Jair Bolsonaro ( PSL – depois PL.
nflação em 2024
A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e a ser perseguida em 2024 pelo Banco Central (BC) era de inflação a 3%, com margem de tolerância de 1,5% — ou seja, até 4,5%, foi de 4,83%
Os maiores impactos sobre a inflação de 2024 vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 ponto percentual para o IPCA do ano.
Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos (de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente) sobre o IPCA do ano. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.
*Fonte: www.cnnbrasil.com.br