Uma coalizão formada por Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega anunciou nesta terça-feira (10) a imposição de sanções contra os ministros israelenses Itamar Ben-Gvir (Segurança Interna) e Bezalel Smotrich (Finanças), ambos de extrema direita.
A medida foi motivada por incitação à violência extremista e violações graves dos direitos humanos dos palestinos, segundo declaração conjunta dos chanceleres dos cinco países.
As sanções incluem o congelamento de ativos dos dois ministros nesses países e a proibição de entrada em seus territórios. A decisão abrange ações e declarações relacionadas tanto à Faixa de Gaza quanto à Cisjordânia, especialmente no contexto da expansão dos assentamentos israelenses e da violência de colonos contra civis palestinos.
"Essas ações são inaceitáveis. É por isso que tomamos medidas agora, para imputar os responsáveis", afirmaram os governos signatários.
Ben-Gvir e Smotrich são figuras centrais do governo de Benjamin Netanyahu, o mais à direita da história de Israel. Ambos são conhecidos por declarações e atos considerados provocativos e incendiários.
No passado, Smotrich sugeriu que a fome em Gaza poderia ser "justificada e moral", enquanto Ben-Gvir elogiou colonos suspeitos de homicídio e visitou locais sagrados muçulmanos em ações vistas como deliberadamente provocativas.
As autoridades israelenses reagiram com veemência. O ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, classificou as sanções como "inaceitáveis" e anunciou que o governo discutirá uma resposta nos próximos dias.
A crítica à decisão também partiu de figuras centristas. Benny Gantz, líder do Partido da Unidade Nacional, condenou as sanções e disse que elas "alimentarão o terrorismo global".
*Fonte: oglobo.globo.com Texto e imagem produzidos com auxílio de IA