Governistas alegam que Comitê Nobel “priorizou política acima da paz”; María Corina Machado é premiada por sua luta democrática na Venezuela
A Casa Branca reagiu nesta sexta-feira (10/10) à decisão do Comitê Norueguês do Nobel de conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2025 à venezuelana María Corina Machado, e não ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em declaração oficial, o diretor de Comunicação do governo Trump, Steven Cheung, acusou o Comitê de “priorizar a política acima da paz”.
María Corina Machado, uma das principais líderes da oposição ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela, foi homenageada por seu “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”. A ativista está escondida desde que passou a ser alvo de perseguições políticas no país e foi impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024.
O Comitê do Nobel destacou que Machado representa “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”. A líder opositora afirmou estar em “choque” ao receber a notícia e disse não acreditar que havia ganhado o prêmio. Ela também ligou para o aliado Edmundo González Urrutia, celebrando a conquista.
Enquanto isso, Trump voltou a afirmar que seria merecedor do Nobel da Paz, alegando ter encerrado sete guerras e se dedicado a firmar acordos de paz no Oriente Médio, principalmente na Faixa de Gaza, envolvendo Israel e Hamas.
“O presidente Trump continuará firmando acordos de paz, encerrando guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força de sua vontade”, declarou Cheung em defesa do ex-presidente.
A entrega do Nobel à opositora venezuelana reacende os debates sobre os critérios do prêmio e evidencia as tensões geopolíticas em torno da premiação, que volta a se tornar um campo de disputas ideológicas internacionais.
Fonte: Metropoles







