Inseguração Pública em SP: esquema envolve a participação de policiais na troca e venda de drogas

Uma investigação da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo revelou um esquema de corrupção que envolve policiais civis no comércio e tráfico de drogas. A investigação aponta que os policiais forjavam apreensões de cocaína, trocavam a droga pura por uma mistura com talco e gesso, e vendiam a droga por conta própria.

O esquema contava com a participação de um fornecedor de cocaína que enviava carregamentos de Mato Grosso, além de peritos do Instituto de Criminalística que assinavam laudos falsos para atestar a presença de cocaína no material enviado para análise.

Três policiais civis e outros dois suspeitos já foram presos sob suspeita de conexão com o esquema. Entre os detidos está Cleber Rodrigues Gimenez, ex-chefe dos investigadores do 77º DP (Santa Cecília), apontado como o responsável por coordenar as falsas apreensões.

Segundo a Corregedoria, houve um aumento expressivo do número de prisões por tráfico de drogas desde que Gimenez assumiu o cargo, com apreensões de grandes quantias de entorpecentes, em sua maioria fora da área de atribuição da unidade policial. O policial já possuía um histórico de investigações por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas e organização criminosa.

Outros policiais também são investigados, como o chefe de investigação da 1ª Delegacia Seccional, Elvis Cristiano da Silva, e a titular do 77º DP, delegada Maria Cecília Castro Dias, que foram afastados de seus cargos.

As denúncias apontam que Elvis participava de um rodízio entre as delegacias do centro para o registro de apreensões de drogas, para evitar que o volume de cocaína apreendida num só distrito chamasse atenção dos órgãos de controle. O delegado seccional Ortiz também é citado em denúncias como coordenador do esquema.

A investigação da Corregedoria ainda não considera Ortiz formalmente investigado, mas ele confirmou ter levado Gimenez para delegacias da seccional do centro, com aval da Corregedoria. No entanto, já havia um relatório da Corregedoria sobre Gimenez apontando para "incompatibilidade patrimonial" e pedindo mais investigações.

As prisões de Gimenez e outros quatro suspeitos ocorreram após a Corregedoria identificar indícios de lavagem de dinheiro. Relatórios do Coaf e quebras de sigilo bancário apontaram "uma série de transações financeiras irregulares" do policial e de sua empresa, uma revendedora de carros. Em cinco anos, ele movimentou R$ 81 milhões.

Outro alvo da investigação, Maxwel Pereira da Silva, foi preso com vários tipos de droga e R$ 2,8 milhões em espécie. Os outros presos na operação são dois policiais civis e um terceiro homem que faziam visitas constantes à casa de Maxwel.

*Fontes: www.metropoles.com ; www1.folha.uol.com.br ; jornal da Band

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