O vereador de Piracicaba (SP) Cássio Luiz Barbosa do Partido Liberal, mais conhecido como Cássio Fala Pira foi preso preventivamente pela Polícia Civil de Piracicaba
A Polícia Civil prendeu temporariamente na manhã desta quinta-feira (9) o vereador de Piracicaba (SP) Cássio Luiz Barbosa (PL), conhecido como Cássio Fala Pira, após denúncias de crimes de abuso sexual. A Justiça determinou a prisão para evitar possíveis interferências do suspeito nas investigações.
Ao menos seis mulheres registraram denúncias contra o parlamentar, sendo que duas delas afirmam terem sido abusadas dentro da Câmara Municipal de Piracicaba.
Cássio foi conduzido à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba e ao Instituto Médico Legal para exames. Ele ficará detido no 1º Distrito Policial e só será ouvido pela polícia ao final das investigações.
Além da prisão, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão contra o vereador: em seu gabinete na Câmara e em um escritório no bairro Vila Sônia. Celulares e computadores foram apreendidos pela polícia.
Na noite de segunda-feira (6), antes da prisão, o vereador havia usado a tribuna da Câmara para negar as acusações, classificando o caso como calúnia e difamações. “Hoje está sendo comigo, amanhã pode ser com os senhores”, disse ele aos demais parlamentares.
Em nota, a defesa de Cássio afirmou que as acusações serão enfrentadas “com serenidade e firmeza” no âmbito judicial. Os advogados também ressaltaram que, até o momento, não há procedimento instaurado para afastar o vereador de suas atividades, e que ele permanece no exercício do mandato. O Partido Liberal (PL) informou não ter um posicionamento sobre o caso.
A Câmara Municipal de Piracicaba manifestou-se dizendo que acompanha de perto o caso e que tem prestado suporte irrestrito às autoridades. A instituição reforçou seu compromisso com a “ética, a moralidade pública e a legalidade” e com o cumprimento de todas as medidas cabíveis.
A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso é investigado sob sigilo pela DDM, onde foram encontrados quatro registros contra o indiciado, destacando que “detalhes do caso são mantidos em sigilo por se tratar de um crime de natureza sexual”.







